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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Troca de governos: um mal necessário


Sempre tive medo da mudança de governos. Há um estigma grande de rancor em torno de uma troca de governantes. O governante que sai, fica rancoroso por não ter ganho e faz de tudo para dificultar o inicio do mandato do candidato eleito; já o que entra, fica rancoroso pelo que não deu certo e tenta jogar a culpa no governo anterior. 
Infelizmente, esse inicio de mandato é sempre marcado por perseguição aos funcionários efetivos que não apoiaram o governante eleito. A liberdade de voto nessas horas não tem valor algum, apesar de termos uma lei de assedio moral que nos defende, na maioria dos casos o governo age no uso de suas prerrogativas legais, usando a conveniência e oportunidade. Nessas trocas de lotações e mudanças de funções, acabe-se perdendo experiências e competências que já vinham sendo acumuladas no tempo. 
É triste ver inúmeras pessoas sem experiência nenhuma tomando conta de um serviço que exige alguém especializado na área. Ha vários casos de professores que viram secretários de saúde, advogados que viram secretários de educação, entre outros. Deveria de haver um método mais adequado às escolhas para que não hajam prejuízos à população. 
Quanto aos cargos em comissão a coisa anda pelo mesmo caminho. A maioria que ocupam estes cargos são advindos de promessas de campanha, mesmo a pessoa não tendo a menor vocação para a função publica. É admirável quando o governante escolhe uma pessoa que não fez campanha para ele, mas que entra por méritos profissionais. São raros esses casos, mas deveriam ser a maioria. Sem falar ainda que muitos cargos são ocupados por familiares de políticos aliados e em outros casos por pessoas "ficha suja". 
Uma solução para essas escolhas inadequadas esta na reforma política, tão propagada na mídia. Infelizmente não é fácil mudarmos o atual modelo, visto que para que houvesse mudanças há que se passar pelo legislativo, e acredita-se que a maioria dos atuais legisladores são coniventes com o atual sistema e não gostariam de muda-lo. A solução reverte sempre no voto, se votar errado vai sofrer as consequências. 

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